Ô trem bão, é fedido incomoda, mas é companheiro fiel e pra toda hora. Tá sozinho? Ele é bão! Com os amigos, melhor ainda. Tá triste? Ele ajuda a te consolar. Se está feliz, ele te ajuda a comemorar. Mas faz um mal! E incomoda o próximo prá valer. Há onze anos, no dia 21 de agosto de 2000, larguei definitivamente do vícío de fumar. Foi uma decisão que há muito eu desejava tomar, mas que faltava coragem e força de vontade para consumar. A garganta doía, tossia como louca, mas cadê coragem para abandonar? Fumava o dia todo, não sentia nem nescessidade de comer, era a primeira coisa que fazia ao acordar, mesmo antes de escovar os dentes e a última também, antes de dormir. Comecei a fumar na escola na adolescência; depois fumei na gravidez e fumava enquanto amamentava. Meu Deus que horror! Uma loucura! Mas era assim e eu nem pensava ou me preocupava. Mas sempre tinha em mente que queria um dia deixar o cigarro. Um belo dia pensei assim, perdi minha mãe que eu amava tanto sofri pra caramba e ela não voltou, tive que sobreviver, gostando ou não! Pois então! Vou matar este filho da p.... E morto não volta, você pode chorar, se descabelar, rezar, gritar ou se desesperar, que morto é morto e não volta e a vida continua aos trancos e barrancos. E a morte, na maioria das vezes, vem sem avisar. Deixei a vida rolar, até que num belo dia 21 de agosto de 2000 a morte chegou para o meu vício. Jesus! Não vou negar, chorava, saia pelas ruas rezando e muitas vezez chorando, não foi mole não. Desespero, agonia, coisa de louco! Meu marido continuou a fumar, mas o morto era meu e não dele. Portanto eu não implicava e nada falava, mas convivi e ainda convivo pois ele, infelizmente, ainda não conseguiu largar. No começo eu mascava chicletes, comprava 4 caixas por mês, chupava balas como louca, às vezez colocava até 4 de uma vez na boca para enganar o desespero. Mas morto não volta e, vou ser sincera, foram bem uns 6 anos para realmente não sentir mais aquela agonia. Demorou mas passou! Com o tempo, larguei também o chiclete e as balas. Depois que larguei nunca mais nem peguei num cigarro, pois penso que posso perder todo o trabalho se tiver um único deslize. Morto não volta e foi assim que matei e larguei o vício e nunca mais fumei. Muito obrigada!
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segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Como Consegui Largar o Cigarro
Postado por
Rosângela Pontes Coelho Serafim
às
segunda-feira, novembro 21, 2011
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